Bullying é um termo utilizado na literatura psicológica anglo-saxônica, para designar comportamentos agressivos e anti-sociais, nos estudos sobre o problema da violência escolar.
Universalmente, o bullying é conceituado como sendo um “conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima”.
Ridicularizações, intimidações, apelidos pejorativos, ameaças, perseguições, difamações, humilhações, são algumas das condutas empregadas por autores de bullying.
Como saber se seu filho(a) é vítima de bullying?
1. Apresenta, com freqüência, desculpas para faltar às aulas ou indisposições, como dores de cabeça, de estômago, diarréia, vômitos, antecedendo o horário de ir à escola?;
2. Pede para mudar de sala ou de escola, sem apresentar motivos convincentes?;
3. Apresenta desmotivação com os estudos, queda do rendimento escolar ou dificuldades de concentração e de aprendizagem?
4. Regressa da escola irritado ou triste, machucado, com as roupas ou materiais escolares sujos ou danificados?;
5. Apresenta freqüentemente aspecto contrariado, deprimido, aflito ou tem medo de voltar sozinho da escola?;
6. Possui dificuldades de relacionar-se com os colegas, de fazer amizades?
7. Vive isolado em seu mundo, sem querer contato com outras pessoas, senão os familiares?
O que fazer se o seu filho é a vítima?
1. Observe qualquer mudança no comportamento, por mais insignificante que lhe pareça;
2. Estimule para que fale sobre o seu dia a dia na escola, ouvindo atentamente, sem críticas ou julgamentos;
3. Lembre-se: o diálogo não se dá apenas por perguntas e respostas, mas é preciso criar um espaço emocional onde haja aceitação, para que se exponha com segurança. não culpe a criança pela vitimização sofrida;
4. Transforme o seu lar num local de refúgio e segurança, através da manifestação de afeto e apoio incondicional;
5. Ajude a criança a expressar-se com segurança e confiança, evitando orientá-la ao revide;
6. Valorize os aspectos positivos da criança e converse sobre suas dificuldades pessoais e escolares. fazendo assim, estará fortalecendo a sua auto-estima e sua resistência imunológica;
7. Procure ajuda psicológica e de profissionais especializados no assunto, quando perceber que a situação é mais séria e está gerando sintomas freqüentes ou reações emocionais indesejáveis;
8. Não ignore a vitimização, acreditando que “isso faz parte do aprendizado”, ou que “ajudará a superar as adversidades da vida”. é necessário que haja intervenção promotora da educação para a paz;
9. Lembre-se: as conseqüências da vitimização podem ultrapassar o período acadêmico e comprometer a vida familiar, profissional e social, além da saúde emocional.
Como descobrir se seu filho pratica bullying?
1. Apresenta distanciamento e falta de adaptação aos objetivos escolares?
2. Regressa da escola com ar de superioridade, exteriorizando ou tentando impor sua autoridade sobre alguém?;
3. Apresenta aspecto e/ou atitudes irritadiças, mostrando-se intolerante frente a qualquer situação ou aos diferentes aspectos das pessoas?
4. Costuma resolver seus problemas, valendo-se da sua força física e/ou psicológica?
5. Apresenta atitude hostil, desafiante e agressiva com os irmãos e pais, podendo chegar a ponto de atemorizá-los sem levar em conta a idade ou a diferença de força física?;
6. Porta objetos ou dinheiro sem justificar sua origem?;
7. Apresenta habilidades em sair-se de “situações difíceis”?
O que fazer se seu filho pratica bullying?
Se o seu filho(a) pratica Bullying, sugerimos os seguintes procedimentos
1. Observe atentamente o comportamento e os sentimentos expressos pela criança, sem críticas ou preprovocações (reforçá-lo criticamente);
2. Mantenha tranquilidade e calma. converse objetivando encontrar os motivos pelos age (que o leva a agir) dessa maneira;
3. Reflita sobre o modelo educativo que você está oferecendo ao seu filho(a). sem dúvida, o uso da violência e das explosões emocionais para se fazer obedecido, além do excesso ou falta de limites, podem estar colaborando para que esses tipos de comportamentos sejam introjetados e reproduzidos contra outros; (o que aprende ou sofre em casa);
4. Evite bater ou aplicar castigos demasiadamente severos. isso só poderá promover raiva e ressentimentos, além de raiva. procure profissionais que possam auxiliá-lo a lidar com esse tipo de comportamento.
O que a escola pode fazer para previnir o bullying?
1. Conscientizar toda a comunidade educativa sobre o bullying;
2. Proporcionar atividades que trabalhem os sentimentos dos alunos, visando o resgate da saúde emocional;
3. Desenvolver atividades solidárias, esportivas, culturais, manuais, visando a canalizar a agressividade para ações pro-ativas;
4. Ensinar os alunos a conviver e respeitar as diferenças;
5. Desenvolver a educação em valores humanos como a tolerância e a solidariedade, caminhos da paz.
Quais são os critérios para identificar o bullying?
Ações repetitivas contra mesma vítima, num período prolongado de tempo; desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima; ausência de motivos que justifiquem os ataques; além de uma série de sentimentos negativos mobilizados e seqüelas emocionais, resultantes para aqueles que são vitimados.
Quais são as formas de maus-tratos utilizadas por praticantes de bullying?
As formas de maus-tratos são: físico (bater, chutar, beliscar); verbal (apelidar, xingar, zoar); moral (difamar, caluniar, discriminar); sexual (abusar, assediar, insinuar); psicológico (intimidar, ameaçar, perseguir); material (furtar, roubar, destroçar pertences); e virtual (zoar, discriminar, difamar, através da Internet e celular).
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